Não me poupar

 Eu tinha medo de perder o brilho no olho conforme o tempo fosse passando. Tinha medo de ver todo esse mágico mundo com os olhos cerrados de tédio, completamente cega às inúmeras possibilidades e à grandeza da vida. Hoje, depois de tantos trancos e barrancos, percebo que esse medo que tinha de me perder no meio do caminho era uma insensatez. Porque esses tropeços (as dúvidas, a tristeza, a raiva e inclusive o tédio) quando vêm, me forçam a recomeçar e tocar de novo a mágica do mundo. E porque, no fim das contas, pra viver bem a vida, eu não posso querer me poupar dela. 


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