Enquanto viver, quero ser uma obra de arte Não dessas que precisa ser procurada em um lugar pomposo, mas daquelas outras que se encontram pintadas em um muro qualquer; num dia qualquer; numa rua qualquer. Quero estar disponível para todo mundo ver e sentir, e ser arte independentemente de estar em um palco, ou no transporte público. Podendo até passar despercebida por muita gente, mas cumprindo minha missão: tocar os outros. Provocar as pessoas, através de um pensamento inusitado, uma pergunta desconcertante, um silêncio profundo ou uma risada. Qualquer coisa que retire as pessoas de um certo protocolo a cumprir, que mexa algo íntimo, que importe. Não é simbólico e Bonito eu ter nascido um dia depois do dia dos mortos? porque eu quero poder lembrar as pessoas de que todos morremos. Esse é o ciclo natural da vida e a gente poderia parar de viver achando que é pra sempre, e deixar de dar tanta importância para coisas tão mínimas. E quando a morte chegar, não sei e nem quero saber. Gosto daquela frase do Fernando Pessoa: Eu não tenho preferências para quando não puder mais ter preferências.

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